domingo, 9 de março de 2008

Serviço Social - Firmando bases sólidas em tempos líquidos

Outro dia acordei e me deparei com o pára-brisa do meu carro quebrado, dentro da garagem, e uma pedra portuguesa cheia de culpa, caída ao chão. Fato ocorrido, coincidentemente, no dia seguinte ao acionar o reboque – que, diga-se de passagem, levou quase duas horas para chegar – para remover um Meriva preto estacionado tranquilamente em frente à minha garagem. Eu pretendia tão-somente, com meu senso de cidadania e minha incansável honestidade, estacionar meu carro – que de Meriva não tem nada – dentro da minha garagem.
Porém, confesso que agir sob o primado da racionalidade ética nos dias de hoje, é andar na contramão; fugir de padrões impostos numa sociedade impregnada de valores invertidos, construções ideológicas que deveriam ser seguidas à risca pelos indivíduos considerados “fortes”. O Estado, caricaturado – a palavra correta seria esta – num suposto “cidadão” sentado à frente de uma mesa na delegacia, me sugere: “Faz a mesma coisa com o carro dele!” É, ninguém “tá vendo”, não é mesmo, seu policial...
Lembrei-me, agora, de uma dessas aulas em que os professores parecem estar possuídos por uma inspiração divina. E, num desses diálogos loucos – é proposital a colocação do adjetivo “loucos” após o substantivo “diálogos” – que travo com meus pensamentos inquietos quando termina uma aula dessas, andei refletindo se esse caso caracterizaria a expressão “tempos líquidos”.
Hoje, “dialogando” com meu bom amigo Karl Marx, reportei-me a um senhor chamado Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, que em seu livro Tempos Líquidos fala de uma cidade originalmente criada para oferecer proteção aos seus cidadãos, mas que, ante as conseqüências geradas por obra e graça da (quase) divina globalização, do pós-neoliberalismo e desse tal mundo líquido-moderno, acabam por obrigá-los a substituir a segurança coletiva de abstratas muralhas, em individuais muros e portões bem concretos (e de concreto!).
Tudo se dissolve com a liquidez; a segurança, a coletividade, a confiança, a honestidade, a solidariedade, os direitos. A busca pela essência do ser HUMANO numa sociedade que preza a aparência, constitui-se em desafio constante para um mundo que se estrutura em bases líquidas. De sólido, somente os muros e as paredes das “selvas de pedra” – nessa cidade em especial, apenas um “bosque de pedra”. E nós, nadando nesse oceano de incertezas e insegurança.
Calma, Marx, ainda resta uma esperança para a humanidade. Muros também são úteis, vide os muros da universidade; celeiros de reflexões, solos férteis recebendo as primeiras gotas de visão crítica, onde irão germinar os frutos de necessárias mudanças sociais. Uns insistem em classificar como utopia. Eu prefiro denominar Serviço Social.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Da sociedade à assistência.

Jaqueline Gualter Ramalho
A Constituição Federal de 1988 exprimiu os resultados das lutas sociais ensejadas pelos setores mais progressistas da sociedade civil. Sendo assim, em 1993, a lei n° 8662, passa a compreender a seguridade social como um conjunto integrado de ação de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade.
A assistência social é um direito "de quem dela necessitar", em que novas leis entraram em vigência abrindo novos caminhos para a assistência social (LOAS, SUAS, PNAS e NOB)*. Esses serviços sociais são um conjunto que pretende atender e cobrir as necessidades básicas dos indivíduos e grupos dentro de uma sociedade.
Ao falarmos em assistência social, temos em contrapartida, uma exclusão no momento desse atendimento; o direito desse indivíduo passa a ser enquadrado em critérios especias onde há a exclusão de uma determinada classe. As políticas públicas são feitas, em sua maioria, visando uma demanda da sociedade, as classes subalternas sofrem a consequência de um sistema, de uma política e de uma economia neoliberal.
As políticas sociais públicas no Brasil fracassam quando são mal planejadas, elaboradas, executadas e avaliadas, por serem direcionadas para uma pequena minoria. Os projetos e programas sociais são importantes quando excercem o direito do cidadão reconhecido na Constituição Federal, ou seja, o poder supremo.
Cabe ao Estado a responsabilidade de excercer seu papel como agente centralizador de políticas governamentais que atinjam as necessidades básicas da população e assumir o dever de ser um agente transformador nesse processo, é nesse âmbito que cabe ao Estado pôr em prática as normas que asseguram a asssistência social.
*LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social); PNAS (Plano Nacional da Assistência Social); SUAS
(Sistema único de Assistência Social; NOB (Normas Operacional Básica).
Bibliografia:
Constituição Federal
Cress 7ª região , RJ Assistente Social: Ética e direitos; coletânea de leis e resoluções , 4ª edição

quarta-feira, 5 de março de 2008

Serviço Social em Hollywood

"Som do Coração"
O filme que está em cartaz em Cabo Frio, conta a história de um menino
que possui um dom musical impressionante, nascido pelo fruto de um encontro apaixonado da violoncelista Lyla e do roqueiro Louis.
Um romance incrível, que envolve uma trágica separação da família,causada pelo pai de Lyla . É nessa problemática de separação que encontramos inserido o assistente social do Serviço Social americano. O tema é referente a temática similar dos orfanatos, tanto norte-americanos, quanto nacionais: "Como ficam os esquecidos do sistema? Que destino um órfão poderá ter sem um eficiente trabalho de apoio?" Questões como essa fazem a polêmica levantada por Robbin Willians.
Vale a pena conferir. É de emocionar e ótima fonte de reflexão.
Mayara de Souza.